sábado, 11 de agosto de 2012

Ubuntu

No final do ano passado eu instalei o Ubuntu (11 alguma coisa) no meu velho "laptop do cadete", sob sugestão do meu professor de algoritmos. Lógico que tive e tenho algumas dificuldades com esse outro sistema operacional, mas ele me causou uma boa impressão e por isso vou compartilhar minha experiência com ele aqui,

Instalação: 

Não sei como se faz para instalar versões anteriores do ubuntu. Quando instalei na minha máquina, instalei a mais recente até aquela data. Formatei o computador e tive que reinstalar o 11 de novo, depois, quando surgiu a 12.04 LTS eu pude atualizar minha versão para essa (não sem alguma perdas) pelo próprio sistema operacional. Diferente do windows, o ubuntu tem uma nova versão quase todo ano e por isso seus programas perdem suporte para versões antigas muito rápido, sendo assim, acaba não valendo a pena ter uma versão antiga.

Eu baixei o sistema nesse site: http://www.ubuntu.com/ na primeira vez e nesse na segunda: http://www.ubuntu-br.org/. é uma imagem ISO de uns 700~800mb não me lembro bem. De onde baixar a imagem não faz muita diferença, já como você vai passar a imagem para uma mídia, ai sim, pelo menos no meu caso, foi o que deu trabalho.

Na primeira vez que eu instalei o ubuntu eu usei a opção de passar a imagem ISO para um pen-drive, como é visto nesse tutorial aqui: http://www.ubuntu.com/download/help/create-a-usb-stick-on-windows. Eu nem precisei usar um pen-drive de 2gb, consegui fazer tudo com um de 1gb. Já na segunda vez, eu tentei "queimar a imagem" num CD, de acordo com um tutorial no mesmo site. Não deu certo. A instalação ia bem até que em determinado ponto parava, tentei outros queimar em outros CDs e tive o mesmo resultado. Depois disso tentei usar um pen-drive, mas usei outro programa ao invés do "usb installer" e tive o mesmo resultado negativo. Só quando baixei e usei o "usb installer" é que tive êxito.

Depois fiz o crucial, selecionei a entrada USB como boot primário na BIOS (aquele aperte "del, F8, ou etc que aparece quando você liga o computador", abriu a tela de instalação e escolhi "Install Ubuntu on Hard Disk". De início tive que escolher como (onde) instalar o sistema. Na época da primeira instalação eu já tinha o windows instalado e portanto só tive que ir na opção avançada e criar uma partição para o linux. Aqui vale uma nota: se você for instalar o linux e windows, instale o sistema operacional da microsoft primeiro e depois o linux. Outra coisa a se notar é que você pode fazer uma terceira partição para "memory-swap", eu não sabia o que era isso, depois descobri que era uma parte do disco rígido que o ubuntu usaria como "memória ram". No fundo o swap não é muito útil, a máquina por padrão, parece que dá preferência à ele do que a ram de verdade e isso torna as operações mais lentas. Ultima nota importante sobre isso é que, na hora de fazer a partição para colocar o ubuntu, escolher o sistema de arquivos como ext3 e o diretório raiz é "/home".

Após isso vio uma porrada de opções rolhas, criar conta de usuário (isso sim é importante, a senha de usuário é essencial para executar as operações chave, como instalações de programas e configurações no ubuntu). Depois uma reinicialização e pronto.

(pretendo fazer um tutorial decente sobre a instalação mais tarde).

Inicialização:

Com windows e ubuntu instalados, o computador, ao iniciar, me deu quatro opções de linux e uma de windows. Por padrão uma das opções linux é selecionada e se o usuário não fizer nada, após um tempo ela é ativada e o ubuntu é inicializado. Demorei para acostumar com isso e muitas vezes deixei o computador ligando, com intenção de usar o win e dei de cara com a tela inicial do ubuntu.

A tela inicial do ubuntu é simples, tem um lugar com o seu nome de usuário, pedindo sua senha. É possível também entrar como visitante. Pois bem, rolhice falar dessa tela, eu não tive nenhum problema com ela (apesar de só descobrir o modo visitante por acidente, muito tempo depos). Também duvido que alguém vá ter alguma encrenca, exceto a do tipo "esqueci minha senha".

Depois de logado eu fiquei feliz em notar que não precisava instalar nenhum driver. O som funcionava muito bem, o vídeo e até o wireless. O ubuntu instala drivers genéricos e ao meu ver isso é um ponto positivo. Dizem por ai que é possível instalar os drivers específicos de sua máquina, mas eu ainda não tentei isso.

Ele também já vem com um navegador instalado, o firefox e uma suite de programas de escritório, o Open Office. Outra coisa legal dele é a central de programas do ubuntu, um aplicativo onde há diversos programas para baixar, a maioria de graça! O primeiro que eu procurei lá foi o google chrome... não encontrei.

Meu primeiro desafio:

Eu nunca gostei do firefox, por isso fui caçar um jeito de instalar o Chrome. Fui no site da google e baixei o programa para o ubuntu (das versões que aparecem, as que não são "debian"). Como não veio um executável, eu fui procurar ajuda na internet e só vi tutorial confuso. Depois resolvi clicar no arquivo baixado. Ele abriu uma página na central de programas do ubuntu  com o Chrome para baixar e instalar. Cliquei, digitei minha senha e não precisei fazer mais nada, ele baixou e instalou o programa automaticamente.

Perfeito? Quase. Eu como usuário inciante, vi que ele tinha instalado a porcaria, mas não sabia onde ela estava! Mais uma vez fui na internet e vi que tinha que acessar o "terminal". O problema é que ninguém, mas ninguém mesmo falava onde estava o terminal. Parece que nas versões anteriores ele estava numa "barra de tarefas", mas desta vez ele estava bem escondido.

Entrei na minha pasta pessoal e por ela comecei a navegar pelo meu computador. Acabei achando o terminal em "sistema de arquivos, usr, share, applications". Lá também achei o Chrome e a maioria dos outros programas instalados.

Usando o terminal:

Logo no início eu notei que o terminal é importante para usar bem o linux. Ele parece com o prompt de comando do windows, o "cmd", só que um pouco mais fácil de usar. Por exemplo, para chamar um programa, você não precisa digitar o endereço dele todo: você só precisa digitar o nome dele! Tá certo que no windows dá para configurar isso, mas não é simples e isso não é feito automaticamente na instalação do programa.

Do terminal também dá para instalar e desinstalar qualquer programa da central de arquivos. Acaba sendo mais rápido, quando você sabe o programa que quer instalar. O comando para instalar é "sudo apt-get install nome-do-programa", ele vai, baixa o programa e instala direitinho.

A propósito "sudo" é um comando próprio, que diz que você está entrando como "usuário root", algo como administrador total, tendo direito de alterar qualquer coisa na sua máquina. Sempre que você der esse comando ele vai pedir a sua senha. Ele é obrigatório para instalar, desinstalar e usar alguns programas mais avançados, ou para editar arquivos do sistema.

Outra coisa legal do terminal é que se você apertar duas vezes a tecla "tab" ele auto-completa o comando que você está digitando, ou apresenta opções de desambiguação. Acreditem, isso é muito útil.

Vantagens:

Não precisar instalar nenhum driver e já ter a máquina rodando num desempenho razoável, com acesso à internet e etc já foi uma grande vantagem. Depois de aprender a usar o "apt-get install", a forma de instalação da maioria dos programas, simples (baixe e não se preocupe com o resto), também é formidável. Os programas nele em geral tem menor tamanho que os do windows, porque eles compartilham arquivos e bibliotecas comuns. Para um sistema operacional recente, ele tem um bom desempenho (consegui rodar ele no meu pobre laptop). Além de tudo ele se mostrou bem seguro (para alterar qualquer coisa importante, um programa precisa pedir autorização diretamente para você, pedir sua senha.)

Desvantagens:

Apesar de ter rodado na mina máquina, ele se mostrou um pouquinho pesado, ficando lento com o tempo. Além disso eu não consigo ouvir uma música e navegar no chrome. Tá certo, isso é por que meu hardware, mas no windows XP, por exemplo, eu sei alterar as configurações do sistema para um melhor desempenho, já no ubuntu isso é bem mais complicado e não dá tanto resultado. Complicado aliás, pode ser um bom atributo para ele! Não, não é mera falta de experiência, nota-se que o sistema não é todo acessibilidade, como o popular windows. Você começa a perceber isso quando precisa instalar qualquer programa que não é possível fazer pelo "apt-get". Tem que descompactar, dar um /configure aqui, um /makeinstall ali, mas nem todos os pacotes são assim, ai tu tem que ler as instruções... (eu devia ter vergonha de reclamar disso) e as instruções em geral são complicadas e confusas... O pior, no meu caso, é que quase todos os programas que trabalham com microcontroladores devem ser instalados dessa forma! Desinstalar esses programas também não é tarefa simples.

Outra desvantagem é que as versões se tornam obsoletas muito rápido, muitos programas para ubuntu não rodam mais em versões do mesmo anteriores à 10.algumacoisa. Com isso você sempre tem que estar com a mais recente, acontece que nem sempre você vai conseguir acompanhar isso com o hardware. Falando em programas a reclamação básica sobre o linux se mantém, não há muito suporte para esses S.O. a maioria dos programas são para windows, pelo menos é o que eu notei com relação à relacionados à microcontroladores, motores de jogos e jogos em sí.

E então:

E então que eu continuo tento o linux no meu computador. Uma vantagem não citada foi a de a maioria dos programas dele ser de código aberto, o que facilita muito meu trabalho de pesquisa. Além disso pelo menos o LaTeX é mais fácil de instalar e usar por lá. Eu antes tinha um preconceito contra esse sistema, achava que era muito mais "elitismo de pseudo-intelectual" do que qualquer outra coisa. Vi um sistema até bom de usar, que precisa de muitas melhorias e mais suporte. Me senti até motivado com ele e pretendo trabalhar para o seu engrandecimento

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